Este texto é dedicado
à Vera de Vilhena, não porque o mesmo tenha a ver com ela, mas porque ela é uma
inspiração para a escrita e para a vida.
Obrigada por teres
cruzado o meu caminho!
Todas
as crianças sonham.
Todos
os adultos também.
Nunca
percebi porque é que algumas coisas e loisas se perdem e outras tão
desnecessárias se acrescentam…
Perde-se
a inocência, a alegria, a genuinidade, a partilha, os encontros com amigos pela
noite dentro, o ser…
Crescem,
a par da idade, a vergonha dos afectos, o medo das palavras e dos compromissos,
o querer ter e mostrar ao mundo que, no fundo, se vingou e cresceu da forma
naturalmente errada.
Há,
no entanto, umas almas que diferem dos comuns mortais… são raras e
marginalizadas por uma sociedade descartável… falo dos seres que continuaram a
sonhar, a contemplar, a partilhar, a amar, a falar sem medo, a viver de dentro
para fora de forma tranquila e genuína, sem pensar nas aparências e evidências
para tristes terceiros.
Ainda
bem que ainda existem anjos na terra para iluminar um espaço que se divide em
indecisões e reticências.
Ainda
bem…
Maria Gaivota